segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Trinta do Nove do Onze

E de repente estou de volta ao liceu. A juventude dos vestidos pretos, aplicações vermelhas e ténis tradicionalmente alternativos povoam a sala, assim como os meninos de cabelo armado, olhar pensativo e sonhos ainda por restringir. Para minha surpresa, a diretora da escola surge à porta. Regressa o sentimento de respeito, ligeiro temor e alguma revolta com a presença da senhora. A adolescência tem destas coisas, a autoridade tem de ser contestada. E é bom recordar, é bom regressar a estas pessoas, de quem não reconheço a cara mas reconheço o contexto. Juntas assistimos aos sonhos de outros como nós e provamos que vimos de um sitio bom. A diretora, afinal, sempre fez um bom trabalho.

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