quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vinte e Nove do Um do Onze

Entro na sala e sinto o cheiro. É, efectivamente, uma festa de família. A terceira idade reina na divisão, sentada ao longo de todas as paredes, de mãos apoiadas sobre as saias, sorrindo cordialmente aos convidados que não conhece mas aceita. Fala-se das crianças já tão crescidas, do que faz um e outro, do tempo que passou desde a última vez, de promessas de novos encontros. A casa torna-se pouca para tanta gente, que se aperta para passar entre as umbreiras das portas. Vem muita gente celebrar, afinal, não é todos os dias que se celebram oito décadas. Mesmo que a aniversariante insista que são apenas dezoito, com a alegria que a muitos invejaria. E, no fundo, é sempre bom sentir que a família se mantém cá, ao longo de todos estes anos.

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