domingo, 3 de abril de 2011

Um do Quatro do Onze

Por vezes, esqueço-me. O tempo passou e julgo que já não terá o mesmo efeito. Mas foi o nome que quis recordar nos enormes headphones, que tão pouco uso lhes dou. E, distraída com outras funções enquanto a música inicia, nem me apercebi do burburinho que se gerou entre os dois auriculares. Reconheço ainda cada momento destas canções. Sei-lhe a voz e a guitarra nos tempos certos, as revoltas e as carícias de cada canção e sei exactamente como o meu corpo quer reagir a cada uma delas. Porque sempre assim foi, porque criei essas reacções ao longo das várias audições naquele tempo que, julgava, já passou.
E é assim que se tem de recordar, isolada do resto da casa pelos enormes headphones, com a volume relativamente elevado e os músculos livres para reagirem criativamente ao som. Como um bom remédio para uma maleita que se arrasta.

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