sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Doze para Doze

#12. A Tese

Não sei qual foi a primeira vitória do Onze. Foi um ano aborrecido, entediante. Foi um ano que precisava de passar e passou, lidei com todas as datas, todos os prazos e exigências. Talvez por o prever assim, um ano de tempo para cumprir, me esqueça com facilidade das conquistas e das alegrias.
Mas é aquele momento que me surge primeiro, quando passo o Onze em revista. Aquele acordar determinado, a vontade de ali estar, de saber ser o lugar certo, o conforto no sonho futuro. Demorou demasiado tempo entre a última vez que senti a confiança nas palavras e aquele dia em que soube exactamente o que estava ali a fazer. Depois de tanto tempo, fazia finalmente sentido.
Defendi-a com a naturalidade de quem a criou com carinho, dedicação e muito amor. Amor, sim. Daquele que não se aborrece com birras, com o cansaço dos dias, com os atrasos e os nós que custam desatar. O amor que, venha o que vier, está lá sempre. Porque sou daqui.

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