sábado, 31 de dezembro de 2011

Três para Doze

#3. Torres

A exaustão permanecia e o desespero ameaçava deitar tudo a perder. Se não fosse o refúgio, não teria conseguido.
O estudo ganhou novo fôlego por lá. Os livros mantêm-se, mas o lugar muda e tudo parece estar a começar. Há uma nova frescura, uma novidade que engana o espírito cansado e redobra a resistência.
Levanto a cabeça para abrir a visão. O campo longo, o silêncio na rua solitária e a ruiva que observa a janela elegantemente sentada sobre o banco. O incenso e as refeições coloridas. O baloiço, a criança e o sofá ao final da noite. E uma gratidão imensa por quem aqui me recebe e me salva.

Sem comentários: