sábado, 20 de novembro de 2010

Dezanove do Onze do Dez

O dia pede um cobertor, um chocolate quente e um bom filme no conforto de casa. Chove. Em Lisboa, o Mundo concentra-se e condiciona a mobilidade de quem não governa. Cede-se o dia para permanecer no domicilio, sem confusões.
Mas ali estamos.
Há chuva, há frio, há distância, há espera, há viagens, e há até, possivelmente, algum aborrecimento no caminho. Mas veio. E ali estamos, em conversas longas, em desabafos precisos, junto ao chá quente e à tosta gigante, no café esvaziado pelo dia feio, ao largo da foz que cheira a mar. Tenho ali a companhia que me falta nesta cidade, de onde fogem os amigos que crescem. E, hoje, fez essa viagem em sentido contrário para aquela partilha de horas da tarde escurecida. E esse gesto não me é indiferente.
Gente amiga. Amiga.

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