terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vinte e Dois do Onze do Dez

Não é fútil. Ninguém aqui veio apenas para comer ou pôr a conversa ligeira em dia. Seria fútil se fosse mais um jantar fora, onde na mesa longa se resume a discussão à circunferência mais próxima, seguida de noitada, álcool a mais e uma noite exactamente igual às outras. Mas este aniversário é diferente. Estes pratos não são fúteis. Não houve uma encomenda feita à pressa para resolver a situação, houve uma tarde inteira de volta do fogão para nos preparares tudo isto. E eu sei que, enquanto se prepara tanto regalo assim, não se esquece de quem o vai apreciar, daí a algumas horas. Porque há mais nas palavras do convite do que uma simples combinação de encontro. Tu importas, é o que leio. E isso toca e é relevante. Eu venho, mesmo que chova, que o cansaço não se resolva, que a manhã custe a começar depois da viagem de hoje, mas venho. Porque, sabes, tu também importas. Porque é mais do que um aniversário.
E sim, celebramos mais do que a tua existência. Celebramos a nossa. Não preciso de o dizer alto. Porque há sempre um momento em que olho em silêncio e vejo-os a todos, especiais, relevantes, convictos de uma amizade séria que os traz ali, que os leva ao teu abraço, que os leva às palavras amigas. Porque ali estou a partilhar tudo isto contigo. E não há que ter medo da alegria. A existência, a partilha, a vivência, é alegria.
Queria só dizer-to.

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