quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dezoito do Onze do Dez

Recostada na cadeira de plástico, fuma o seu cigarro. Fala-se da anti-matéria e nada como a Física para lançar a discussão filosófica da pausa do almoço. Ela tem muitas ideias, porque acredita em algumas coisas e questiona outras. A ciência não é, vai-se fazendo, diz. Fala-nos de Galileu. O bico do pé, na ponta da perna cruzada, completa a pose. O sapato com traços característicos de muito uso, conserva a flor gasta no topo. O café bebe-se vagarosamente, para sorver bem o calor da conversa. A Matemática, que tudo prova, mais cedo ou mais tarde. Não há sol para nos cair no rosto de quem tem algo sério e belo para dizer, o Inverno já se pôs a caminho. Inevitavelmente, caí-se na tentação da Medicina, das histórias bizarras de consultório, e logo nos pomos a caminho, de volta à urgência, para mais umas horas de banco. Fim de pausa.

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